Motivados pelas denúncias publicadas no jornal Gazeta do Povo, em matéria que aponta uma decisão judicial obrigando os cofres públicos a pagar dívida milionária às empresas de ônibus que atuam na capital paranaense, o líder da oposição na Câmara Municipal de Curitiba, Algaci Tulio, se reuniu na tarde de hoje, dia 18, com a também peemedebista, Noêmia Rocha, e assessores dos vereadores petistas, que não compareceram à reunião por motivo de viagem a Brasília, para conversarem a respeito do caso.
Questões que envolvem a URBS, tem sido frequentemente abordadas pela bancada de oposição desde o início da atual legislatura. O aumento da tarifa do transporte coletivo, de R$1,90 para os atuais R$2,20, por exemplo, foi o que motivou o pedido de CPI da URBS pela bancada de oposição. Segundo Algaci Tulio, “infelizmente a criação desta comissão de investigação não se deu, por falta de apoio dos outros 33 vereadores. Além de mim, os demais vereadores da oposição também subiram inúmeras vezes à tribuna fazendo um apelo para que a investigação, da chamada Caixa Preta da UBRS, acontecesse”, contou. Outro fato que motivou ações de protesto por parte dos oposicionistas, foi o anúncio do rombo de R$9,2 milhões do caixa da Urbanização de Curitiba (Urbs).
Com relação a atual denúncia, Tulio questionou o fato de a URBS repassar valores às empresas sem a comprovação dos gastos e “pior, eram verbas 356% superiores ao que haviam gasto”, se indignou o parlamentar.
DECISÕES TOMADAS
Na reunião realizada hoje, os vereadores buscaram uma definição e, de antemão, decidiram que entrarão com uma ação civil pública contra o ex-prefeito Cássio Taniguchi, o ex-presidente da URBS, Sérgio Galante Tocchio, também contra o atual prefeito de Curitiba, Beto Richa e, por fim, contra o ex-presidente da URBS, Paulo Schmidt e o atual Marcos Valente Isfer.
Também foi levantada a possibilidade de uma visita à Juiza Vanessa de Souza Camargo, na tentativa de conseguir os documentos que resultaram nas decisões da meritíssima. Além disso, Tulio adiantou que a bancada de oposição fará uma visita ao Ministério Público, assim que forem definidas as ações.
Uma próxima reunião foi marcada para segunda-feira, dia 22, às 16h, momento em que a bancada decidirá o que fazer mediante as gravíssimas denúncias que geraram indenizações milionárias “e que, certamente, recairão nas costas dos usuários”, disse Tulio.
PEDIDOS DE INFORMAÇÕES
Devido aos inúmeros indícios de irregularidades, o vereador Algaci protocolou, durante o ano passado, nove pedidos de informações à URBS que são os seguintes:
1. Gastos realizados pela URBS, feitos sem licitação;
2. Radares e Lombadas Eletrônicas;
3. Quadro funcional;
4. Questões envolvendo o Transporte Coletivo de Curitiba;
5. Sistema Tarifário do Transporte Coletivo de Curitiba;
6. DIRETRAN do Município de Curitiba;
7. Empresa Metropolitana Serviços;
8. Passe Escolar no Município de Curitiba